
A agitação dos últimos tempos tem levado muita gente a antever o fim do capitalismo e o fracasso da economia mercado. A razão, dizem, há muito que lhes pertence, sendo apenas uma questão de tempo a sua tradução em realidade. Como alternativa ao capitalismo, apontam o comunismo ou outras formas de governo de esquerda. Esquecem-se, contudo, que o capitalismo já deu provas de vitalidade no passado, revelando-se uma mais-valia ao serviço dos povos e que o comunismo, esse sim, não foi capaz de se regenerar, provocando uma crise sem precedentes nos países onde vigorava. Só o comunismo chinês, ancorado no capitalismo, soube durar.
O capitalismo tem sido muito útil, pois, sem ele não se teria o desenvolvimento actual. Se há críticas a fazer, não deve ser ao mercado, mas aos Estados, que não souberam intervir para corrigir as suas falhas e atenuar os seus excessos. É aos políticos e não aos homens de negócio que se devem pedir responsabilidades, pois enquanto os primeiros têm por missão a defesa dos interesses gerais aos segundos não se pode exigir mais que cuidar dos seus próprios interesses.
Neste momento, importa responsabilizar quem agiu de forma danosa, regular o mercado, relançar a economia e, acima de tudo, ajudar as vítimas das decisões alheias.
Jorge Janeiro
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