
Segundo uma carta remetida à CMO pela Sra. Secretária de Estado, Ana Paula Vitorino, o Governo assume que a construção da nova sede da APL no Passeio Marítimo de Algés foi adiada indefinidamente devido à crise económico-financeira que o país atravessa.
É de relembrar que a celeuma à volta da sede da APL surgiu quando foi anunciada a sua construção no passeio marítimo de Algés, o que levou inclusive à tentativa de cancelamento do Festival Alive, programado para o local.
Por iniciativa do Vereador Pedro Simões, a Câmara e posteriormente a Assembleia Municipal de Oeiras, demonstraram uma clara oposição à forma como todo este processo se estaria a desenrolar. O próprio Pedro Simões, com o apoio da Presidente de Junta de Freguesia de Algés, Alda Lima, lançou um movimento e um abaixo-assinado, sob o mote “Tejo Sem Barreiras” que segundo o próprio já recolheu mais de um milhar e meio de assinaturas.
Contactado, o Vereador Pedro Simões, assume que este recuo do Governo e a desautorização da APL não chegam:
“No passado dia 5 de Fevereiro o Governo do PS desafectou, por Decreto-lei, terrenos da APL no Concelho de Lisboa e passou-os para a posse da Câmara Municipal de Lisboa, também do PS, alegando tratarem-se de terrenos sem interesse portuário. As questões que coloco são: Que interesse portuário tem o Passeio Marítimo de Algés? Será que a cedência dos terrenos em Lisboa tem alguma coisa a ver com o facto do Governo e da Câmara serem Socialistas?
O Governo tem de tratar o Concelho de Oeiras como trata o de Lisboa, não pode haver um tratamento desigual. Por isso, o Passeio Marítimo de Algés tem de passar para a posse do município para ser devolvido à população. Até lá não baixaremos os braços.
A decisão do Governo é uma decisão meramente eleitoralista, por se estar em ano de eleições, precisamos de uma decisão definitiva e não o empurrar com a barriga de problema que afecta a qualidade de vida dos munícipes de Oeiras.
A Sra. Secretária de Estado não pode continuar a esconder-se por trás da APL.”
Pedro Simões anunciou ainda que irá promover um debate alargado sobre a APL.
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