"A RTP Porto além de boicotar praticamente todas as iniciativas da Câmara Municipal do Porto e do seu presidente, Rui Rio (PSD), tem favorecido a campanha da candidata do PS Elisa Ferreira", afirma o parlamentar que alerta para o facto de a televisão pública "ter o dever de isenção e independência", uma obrigação que não está a ser cumprida.Sérgio Vieira, que preside à comissão política concelhia do PSD-Porto, sublinha que "a RTP não é paga pelo PS, mas sim pelo dinheiro dos impostos dos portugueses. Tem o dever de isenção e independência. Julgo que não tem cumprido e espero que a ERC tome uma posição sobre a forma como a RTP se tem comportado".
O deputado insurge-se contra "a continuação de Elisa Ferreira num programa de debate político regular na RTPN [Vice-Versa]" e serve-se deste exemplo para dizer que estamos "perante uma violação clara da lei e um atentado à ética política e às mais elementares regras do regime democrático".
Sérgio Vieira apontou um outro exemplo que evidencia, do seu ponto de vista, tratamentos diferentes por parte da RTP, como é o caso da cobertura noticiosa dada pela RTP às apresentações das candidaturas de Elisa Ferreira e de Rui Rio à Câmara do Porto. "Compare-se a cobertura que foi dada à apresentação pública da candidatura apoiada pelo PS - inclusive com transmissão em directo, entrevista, à noite, na RTPN - com direito a espaço de debate com comentadores em estúdio! - e semelhante sessão de apresentação da recandidatura do PSD - uns breves segundos no telejornal!", refere a queixa.
Para além deste facto, Sérgio Vieira não deixa de achar estranho que no funeral de Carlos Candal, onde estavam o primeiro-ministro, líder da bancada parlamentar do PS e muitos deputados tenha sido Elisa Ferreira a fazer declarações aos jornalistas, quando ela nem sequer é do PS.A queixa à ERC acontece dias depois de o deputado Agostinho Branquinho ter anunciado, em conferência de imprensa, que vai chamar ao Parlamento o director de Informação da RTP. O deputado quer que José Alberto Carvalho explique uma alegadaalegada "estratégia de silenciamento" do PSD na televisão pública. O PSD utilizou a figura do agendamento potestativo para que nada trave a audição de José Alberto Carvalho na Assembleia da República.
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