“Se o PS acha que não tem condições para governar que o diga, em vez de andar a apelar à oposição para que o derrube”, acenando com moções de censura, insistiu o candidato, garantindo que o PSD “saberá então, e só então” assumir as suas responsabilidades.
No Porto, onde inaugurou a primeira sede de candidatura, Passos Coelho recebeu “o apoio incondicional” de Marco António Costa, que desferiu o ataque mais violento à actual direcção do PSD.
“Não somos uma tribo. Somos um partido e os nossos adversários estão lá fora. Mas não fomos nós que excluímos militantes das listas”, afirmou o líder do PSD-Porto, aludindo ao veto de Manuela Ferreira Leite à candidatura de Passos Coelho nas listas de deputados nas últimas legislativas. “Havia quem, no nosso partido, não quisesse as directas para impedir a todo o custo a candidatura de Pedro Passo Coelho”, acusou ainda, insurgindo-se contra “barões e baronetes que de forma arrogante e egoísta, arrastam o partido de derrota em derrota”.
Privilegiando as bases, o candidato à liderança do PSD falou ao coração dos militantes do Porto, apelando à liberdade do voto nas próximas directas. Lembrou que, dois anos depois de ter sido derrotado nas directas por Manuela Ferreira Leite, “o PSD não cumpriu”. “Estou convencido que, se tivesse vencido as directas, o PSD estava a governar o país”, declarou Passos Coelho, apelando “ao trabalho” até ao dia dos votos. Um trabalho que inclui, sem complexos, “o circuito da carne assada”, tão criticado pelos barões do partido. “Não vale a pena dizer que o circuito da carne assada é de uns malandros do PSD. A campanha também é uma festa”, disse.
Entre os presentes, contavam-se autarcas, como presidente das câmaras de Penafiel (Alberto Santos é o mandatário no distrito) e de Paços de Ferreira, Pedro Pinto, líderes da JSD e destacados militantes como Paulo Morais, ex-vice de Rui Rio, o economista Jaime Quesado.
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