Será que a crise justifica os rumores que circulam sobre a morte do capitalismo? Será que o Estado, legitimado pela descrença no capitalismo, tem de voltar a monopolizar, por completo, a economia e a vida pública, recriando um novo totalitarismo? Iniciada a supressão da iniciativa privada sob o manto santificado da estatização da economia importa saber a que distância estamos da opressão das ideias, das palavras e dos actos de todos quantos se insurgem contra esta tendência ou que, não a corroborando, apenas querem viver a sua vida à sua própria maneira.
Penso que é bom mantermos alguma sanidade mental e pautarmo-nos pelo equilíbrio na regulação e na intervenção na vida pública. Se hoje o capitalismo apresenta algumas debilidades, devemos olhar para esta situação de uma forma imparcial e relativizá-la, não vendo nela algo que não encontra relação com a realidade. O capitalismo é a melhor forma de funcionamento da economia, devendo, naturalmente, ser regulado. Todavia, tem os seus altos e baixos, operando através de ciclos de expansão e retracção da economia que comportam, todos eles, vantagens e desvantagens. As depressões não são totalmente más. Servem, muitas vezes, para limpar da economia as empresas mais débeis e as ineficiências das que se mantêm a funcionar, fortalecendo o tecido económico e robustecendo as actividades mais produtivas. Não devemos olhar para esta crise como o fim da linha mas como um intermezzo entre a expansão ineficiente e a expansão sustentada.
É neste contexto que vimos encontrar o Portugal de hoje. No nosso país os agentes económicos e os cidadãos têm vivido na dependência do Estado aos mais diversos níveis, aceitando a sua acção sem o contradizerem. A cultura pública e, inclusivamente, privada, em Portugal, tem-se pautado pela aceitação passiva e acrítica dos poderes públicos mesmo quando é comummente sabida e transmitida a sua ineficácia e as manigâncias de agentes e órgãos que o desacreditam permanentemente.
Acredito profundamente na capacidade transformadora das novas gerações e nas perspectivas de inovação e irreverência que a liderança do Bruno Ventura vai trazer à JSD Nacional, como aliás, tem demonstrado em Lisboa. Temos nele o líder capaz de abanar o estado de adormecimento do país e do PSD em relação ao agigantar estridente do governo socialista de José Sócrates, auto-legitimado com a solução socializante para o problema da crise.
Quanto a esta legitimação, fabricada ardilosamente por figuras populares ou simpáticas como o líder da bancada socialista Alberto Martins e Manuel Alegre, secundados por Mário Soares (que aparece recorrentemente na RTP sem que altas vozes se levantem contra isso, ao contrário do que acontece com Marcelo) e António Vitorino (que, em vez de se comportar como um comentador, se limita a continuar o seu papel de comissário, mas agora ao serviço exclusivo do PS), ganhou força junto da opinião pública, que, mais uma vez, a aceitou complacentemente. Contudo, não nos devemos deixar anestesiar com a desinformação calculada e com discursos de rigor que escondem a realidade e que a distorcem.
Não nos devemos conformar com a ideia de que o Estado deve, simultaneamente, ser prestador e regulador de serviços aos cidadãos. O Estado existe para combater as assimetrias sócio-económicas mas, para cumprir a sua missão, pode limitar-se a financiar e a regular as actividades que permitem o reequilíbrio social, não necessitando de ter um controlo absoluto sobre tudo. Não nos devemos deixar levar pelos excessos de quem, não tendo sabido intervir em tempo útil para regular a economia de mercado, quer agora pôr-lhe um ponto final.
Cabe ao Bruno Ventura a responsabilidade de quebrar este entorpecimento geral e, com a sua irreverência, pôr em prática um programa que mobilize a sociedade portuguesa, ou, pelo menos, boa parte dela, para a mudança do paradigma governativo do nosso país. Sei que ele transporta a esperança de todos e que é capaz de tornar realidade porque o tem demonstrado enquanto líder da JSD Lisboa.
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