
Paulo Rangel é o cabeça de Lista do Partido Social Democrata nas proximas eleições Europeias.
"Não considero que tenha sido um anúncio tardio", afirmou, acrescentando que "o timming definido pela presidente do partido foi extremamente correcto porque, por um lado, não desfocou a atenção na crise, e por outro, facilita a compatibilização da nomeação com a tarefa de líder parlamentar".
Paulo Rangel promete uma ruptura na comunicação política durante a campanha: "Vai ser uma campanha muito orientada para o porta-porta, o rua-a-rua, o boca-a-boca, de olhos nos olhos com o cidadão", afirmou.
No que toca ao tema da conferência propriamente dita, Paulo Rangel perspectivou os desafios da governação no século XXI, defendendo a necessidade de "medidas cirúrgicas" para combater os problemas. A propósito, acusou o Governo do primeiro-ministro José Sócrates de não ter percebido que "o mundo mudou".
"O Governo responde à crise com medidas do passado que não surtitão qualquer efeito", comentou Paulo Rangel, considerando que essas medidas "estão a conduzir-nos a um abismo galopante".
As críticas foram um ponto forte do discurso de estreia do social-democrata que fez questão de se distinguir, desde já, de todos os outros partidos com assento parlamentar: do PS, "que dá primazia à Europa sobre Portugal", do CDS-PP "que parece dar prevalência exclusiva aos interesses nacionais", do PCP e do BE, "cuja visão arcaica e antieuropeísta é de todos conhecida".
Paulo Rangel dirigiu ainda palavras duras ao adversário socialista, dizendo que não vai aceitar "a mordaça que Vital Moreira pretende por aos problemas nacionais na campanha", pelo que dará primazia à agricultura, fundos comunitários, investimentos públicos e combate à crise. "A oportunidade na crise é a de construir uma nova Europa. A hora é a de Portugal. A hora será, tenho a certeza, do PSD", sublinhou.
Sobre as diferentes posições entre Vital Moreira e o PS sobre a recondução de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia, o candidato sintetizou dizendo que "não há truques nem passos de mágica que expliquem esta divisão entre o Governo e o PS, por um lado, e os seus candidatos, por outro". E reiterou: "É um contra-senso, não faz sentido nenhum e representa uma política não de convicção mas de conveniência".
Antes de Paulo Rangel falou a líder do partido, Manuela Ferreira Leite, que considerou as eleições para o Parlamento Europeu decisivas para o "Portugal de Verdade" que o PSD quer construir. A presidente social-democrata admitiu, ainda, que ponderou várias soluções - "todas elas boas" - mas que a decisão tomada, aceite por consenso na comissão política, deverá "mobilizar uma nova geração de político" e trazer "novas ideias e novas energias".
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Informativo-Notícia 2009-04-14 21:18:00
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