7 de fevereiro de 2010

Crise faz descer a 100 mil os nascimentos no País





Em 2009, número de bebés foi o mais baixo da década, revelam dados provisórios

A crise económica e a incerteza do emprego são razões apontadas para a queda de nascimentos em Portugal no ano passado, que é a mais baixa da década. O País corre o risco de, já em 2010, ter menos de cem mil nascimentos.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que nos primeiros seis meses do ano passado nasceram 47 738 bebés em Portugal, uma quebra de 4,5% em relação ao ano anterior. Uma tendência já revelada pelos dados anuais provisórios do teste do pezinho.

De acordo com as informações fornecidas ao DN pelo Centro de Genética Médica Jacinto de Magalhães - organismo responsável pela realização deste exame nos recém-nascidos -, em 2009 nasceram em Portugal cem mil bebés, ou seja, menos 4,46% do que no ano anterior. A descida é ainda mais significativa se a comparação for feita com o início da década, altura em que nasceram 120 008 bebés no País.

"A descida de cerca de quatro mil nascimentos em 2009 merece alguma atenção", reconhece Laura Vilarinho, investigadora responsável pela Unidade de Rastreio Neonatal. Anualmente, "é normal haver uma oscilação de dois mil nascimentos, para menos ou para mais". No ano passado este declínio duplicou, mas ainda não é motivo para alarme, defende.

"Um dos factores que pode ajudar a explicar esta descida acentuada pode ser a crise sentida nos últimos anos", frisa Laura Vilarinho.

A crise económica é também um factor apontado para a diminuição de nascimentos pela presidente da Associação Portuguesa de Demografia (APD), Maria Filomena Mendes. Mas, por si só, não explica tudo. "As mulheres têm menos filhos e estão a adiar o seu nascimento", salienta. E, como exemplo, é apontado o facto de os jovens estarem a apostar mais na carreira profissional, adiando para mais tarde a constituição de família.

A instabilidade profissional e das próprias relações dos casais são outras das razões referenciadas por Maria Filomena Mendes para "um declínio da natalidade nas últimas décadas".

"Temos movimentos migratórios que costumam atenuar esta redução", frisa a presidente da APD. "O que estamos a verificar é que alguns imigrantes estão a regressar aos seus países e teremos mais pessoas a emigrar", o que acaba por contribuir para uma redução do número de nascimentos, acrescenta a responsável da APD.

A quebra dos nascimentos reflecte-se no saldo natural da população. Segundo dados ainda provisórios do INE, no primeiro semestre de 2009 houve um saldo negativo de 7444 pessoas. Já em 2008 esse saldo é de menos 93, uma vez que se registaram 104 675 nascimentos e 104 768 óbitos.

As maiores oscilações no balanço entre mortes e nascimentos registaram-se em 2007 e 2006. No primeiro, o saldo, negativo, foi de 1321 pessoas, uma vez que nasceram 102 567 bebés e foram contabilizados 103 888 falecimentos. No ano de 2006, o saldo, claramente positivo, foi de 3152 pessoas. Isto porque, nesse ano, tinham sido registados 105 514 nascimentos e 102 362 mortes.


Fonte: DN

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