O dia do protesto apartidário, laico e pacífico, das gerações à rasca porque a situação actual em que nos encontramos não nos afecta só a nós jovens, mas também aos nossos pais e avós que acabam por ser o nosso amparo e suporte.
Foi a primeira vez que participei numa manifestação, apesar de não me sentir afectado por enquanto. Felizmente os meus pais podem pagar a minha alimentação e a roupa que visto, felizmente os meus pais podem pagar a minha educação e felizmente tenho boas perspectivas de futuro quando terminar a minha licenciatura.
Mas e os que não têm?
Por esses fui dar voz e corpo a este movimento, porque é legítimo, porque “ser estagiário não é carreira”, porque “este país também é nosso” e porque “quero trabalhar sem ter que emigrar”. Tenho a noção das dificuldades que a minha geração atravessa e partilho a sua angústia do futuro incerto.
Ver os milhares de jovens que se manifestaram pela Avenida da Liberdade abaixo encheu-me de esperança. Afinal esta geração não é parva, afinal não preferem ficar em casa confortáveis enquanto o nosso futuro é hipotecado, afinal têm vontade de lutar na rua ao invés de se ficarem apenas pelas queixas!
Felicito todos os jovens que participaram na manifestação de dia 12. Felicito todos os outros, pais, tios e avós que apoiaram os seus filhos, sobrinhos e netos porque a nossa crise também é vossa.
Termino dando os meus parabéns aos meus companheiros da JSD que também participaram na manifestação. Esta é a atitude correcta duma juventude partidária. Existimos para defender os interesses dos jovens e vocês mais uma vez demonstraram que os partidos também existem para eles.
Porque a solução não é demitir a classe política, mas sim fazer parte dela!
Texto de Gonçalo Azenha
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